Apresentação

Justificativa e apresentação

Os movimentos de jovens que lutam por justiça climática estão se posicionando e prosperando em todo o mundo. Lutam para que a voz dos jovens seja ouvida e considerada nas tomadas de decisão. Estes movimentos assumem também a responsabilidade coletiva de alterar o atual rumo de perda acelerada da biodiversidade, dos riscos climáticos crescentes e das vias de desenvolvimento econômico baseadas na emissão desenfreada de gases com efeito de estufa e no aumento das desigualdades. No entanto, ao mesmo tempo que oferecem esperança de se tornarem uma força de transformação socioambiental, esses movimentos enfrentam vários desafios. Um dos desafios centrais para as gerações mais jovens é saber que conhecimentos mobilizar para construir caminhos coletivos para enfrentar a crise climática e envolver-se em futuros alternativos.

O evento “Caminhos da justiça climática na Amazônia – escola itinerante pelo PAE Lago Grande” faz parte da aliança “Criando futuros coletivos para enfrentar a crise climática”. A aliança consiste em um esforço colaborativo, entre diferentes organizações acadêmicas e da sociedade civil, que tem como objetivo fortalecer a capacidade dos jovens de territórios coletivos da Amazônia brasileira de enfrentarem a crise climática mediante a ação coletiva. A aliança almeja criar uma rede de diálogo (regional, nacional e global) entre a academia e movimentos da sociedade civil, em especial da região amazônica, focada nas necessidades dos jovens envolvidos em pesquisa e nas lutas por justiça climática. Depois da primeira edição da escola itinerante, em fevereiro de 2025, a aliança vai realizar um segundo evento, com um perfil internacional, em agosto de 2025.

Objetivo

A escola itinerante visa facilitar o aprendizado mútuo entre jovens pesquisadores e lideranças do Brasil envolvidos na luta pela justiça climática, com ênfase na região amazônica. A escola itinerante combina a geração e troca de conhecimento (tradicional e acadêmico) e a mobilização social para construir futuros alternativos e coletivos, como resposta à crise climática. A escola itinerante dá ênfase ao aprendizado a partir da experiência ganha em áreas de destacada importância global e altamente ameaçadas pelas mudanças climáticas, e mais especificamente os territórios coletivos da região do Oeste do Pará, na Amazônia Brasileira.

Um objetivo central da escola itinerante é apoiar os participantes no aprimoramento de seus projetos de pesquisa, extensão ou intervenção, por meio de orientação, discussões em grupo e intercâmbio de conhecimento. Através da aprendizagem imersiva nos territórios afetados pelas alterações climáticas, a escola itinerante vai formar jovens pesquisadores e líderes climáticos em economia ecológica e ecologia política, especialmente em aspectos distributivos das mudanças climáticas e de justiça ambiental.

Abordagem pedagógica

A escola itinerante é resultado de uma aliança entre várias organizações acadêmicas, a Sociedade Internacional de Economia Ecológica (ISEE), a Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO), a Universidade do Oeste do Pará (UFOPA), a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) e a Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), uma associação de jovens envolvidos na defesa do território PAE Lago Grande, os Guardiões do Bem Viver (GBV), e uma organização sem fins lucrativos dedicada a apoiar comunidades ribeirinhas no estado do Pará, a Sociedade para a Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente (Sapopema).

Diálogo entre conhecimento acadêmico e tradicional

A escola itinerante facilitará a interação entre o conhecimento tradicional e acadêmico, através de um diálogo nos territórios de incidência entre pesquisadores acadêmicos, detentores de conhecimento tradicional e lideranças jovens de movimentos sociais no campo da justiça climática. 

Fortalecimento de parcerias entre a academia e a sociedade civil 

A escola itinerante é resultado de uma aliança entre várias organizações acadêmicas (Sociedade Internacional de Economia Ecológica (ISEE), Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO), Universidade do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal Fluminense (UFF), Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) e a Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)), uma associação de jovens envolvidos na defesa do território PAE Lago Grande, os Guardiões do Bem Viver (GBV), e uma organização sem fins lucrativos dedicada a apoiar comunidades ribeirinhas no estado do Pará, a Sociedade para a Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente (Sapopema). 

Metodologia imersiva de aprendizado 

O modelo pedagógico adotado pela escola itinerante (fora da sala de aula) consiste numa experiência imersiva e um intercâmbio de conhecimento e vivências em comunidades que fazem parte do PAE Lago Grande, localizadas nos rios Tapajós e Arapiuns, na Amazônia brasileira. A escola itinerante combina discussões teóricas, tutoria baseada em projetos, interações significativas com atores relevantes e envolvimento em expressões artísticas (teatro, música, dança, contos, cozinha) nas comunidades onde as atividades de aprendizagem terão lugar. 

Foco nas necessidades dos jovens de territórios ameaçados pelas mudanças climáticas  

A preocupação central da escola itinerante é a construção de futuros coletivos pelos jovens da região amazônica e de outras áreas especialmente vulneráveis às mudanças climáticas no Brasil e na América Latina.  As atividades formativas partem dos interesses dos jovens. Os objetivos e a abordagem pedagógica foram construídos de maneira colaborativa com uma associação de jovens que defende um território coletivo na região de Santarém, os Guardiões do Bem Viver (GBV).

Foco no desenvolvimento de projetos

A transferência de conhecimento e experiência (participantes, mentores e lideranças comunitárias) está centrada no fortalecimento de projetos de extensão, pesquisa e intervenção relacionados com estratégias para enfrentar a crise climática nos territórios onde os participantes atuam. Dessa forma, para poder participar na escola itinerante é obrigatório que os proponentes enviem com antecedência seus projetos, para serem avaliados no processo seletivo. 

Idioma

Português

Custo

A Escola disponibiliza gratuitamente alojamento comunitário em redário para os dias 3 e 8 de fevereiro em Santarém. O participante pode optar nestes dias por outro tipo de alojamento mas será custeado por conta própria.

Quando?

A 1ª edição da escola itinerante está programada para decorrer entre os dias 3 e 8 de Fevereiro de 2025.

Datas importantes

  • Submissão de candidaturas: 01/10/2024 a 03/11/2024
  • Divulgação dos resultados: 06/11/2024
  • Inscrições: 07/11/2024 a 15/11/2024
  • Escola itinerante: 03/02/2025 a 08/02/2025

Contato

E-mail: futuroscoletivos@gmail.com
Questões sobre o processo seletivo, conteúdo ou logística da escola itinerante podem ser enviadas por email.